PM investigado por foto com Oruam relembra agenda com Lula

Investigado por tirar uma selfie com o rapper Oruam durante o expediente, o sargento da PolĂcia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ) Clayton Batinga decidiu nĂŁo se manifestar publicamente sobre a abertura de inquĂ©rito. ApĂłs o episĂłdio, contudo, ele publicou em suas redes sociais a lembrança de uma agenda com o presidente Lula.
Em postagem nesta sexta-feira (7/2), o PM lembrou a inauguração, em 2024, de uma escola construĂda em homenagem a Arthur, neto de Lula. A cerimĂ´nia aconteceu em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, cidade onde Clayton Batinga ocupou o cargo de secretário especial do Centro Integrado de Segurança PĂşblica.
Ele foi cedido à gestão do prefeito Waguinho, do Republicanos, que apoiou Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2022, mas emplacou Daniela Carneiro, sua esposa, como ministra do Turismo de Lula.
“1 ano da inauguração da escola em homenagem a Arthur, neto de Lula”, escreveu Batinga em sua publicação. O vĂdeo mostrava o corte da fita na entrada da unidade de ensino e o descerramento de um busto do garoto. Batinga exerceu funções na Prefeitura de Belford Roxo atĂ© junho de 2024. Ele disputou uma vaga de vereador na cidade, mas acabou ficando como suplente.
Arthur foi vĂtima de uma infecção pela bactĂ©ria Staphylococcus aureus, durante o perĂodo em que Lula esteve preso em Curitiba.
Inquérito administrativo
O sargento Clayton Batinga é alvo de um inquérito administrativo aberto pela Corregedoria da PM do Rio de Janeiro, por ordem do comandante da corporação, o coronel Marcelo Menezes de Nogueira. Ele foi filmado pedindo para tirar uma foto com o rapper Oruam, cujas letras das músicas falam sobre o tráfico de drogas e armas. Ele também defende a libertação do pai, condenado e preso por esquartejar e matar adversários do Comando Vermelho.
O vĂdeo do militar, fardado, fazendo a selfie com o artista gerou revolta entre colegas de farda. “Determinei a abertura de inquĂ©rito policial militar, de cunho interno, a ser realizado pela corregedoria. NĂŁo farei julgamento preliminar, mas entendo que nĂŁo Ă© recomendável associar um ĂłrgĂŁo policial a um rapper que exalta o fato de ser filho de traficante”, afirmou o comandante da PMRJ.
“Sem prejulgar, vamos promover a oitiva do policial para entender a dinâmica e a circunstância do ato. Vamos apurar respeitando o direito ao contraditĂłrio e Ă ampla defesa. Ă€ medida que o policial está fardado, a serviço da segurança do estado, efetivamente, minha visĂŁo Ă© que nĂŁo Ă© desejável essa conduta. Repudio a posição do policial. Ela nĂŁo representa a posição da PolĂcia Militar do Estado do Rio de Janeiro”, disse o coronel.
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