Criado por três mulheres, projeto Corrikids leva inclusão e esporte a milhares de crianças no DF





Criado por três mulheres determinadas, o projeto que há quase uma década transforma vidas de crianças com e sem deficiência no DF luta para sobreviver — sem apoio político, sem patrocínio e com a força da esperança como único combustível.


Por quase dez anos, o Distrito Federal tem sido palco de uma das iniciativas mais inspiradoras do país. A Corrikids nasceu em 2016 com o propósito de unir, na mesma pista, crianças com e sem deficiência, celebrando o esporte, a inclusão e o amor ao próximo. Idealizada por Tâmara de Lima, Mayara Franco e Valéria Araújo, a corrida vai muito além do ato de correr: é um símbolo de resistência em um cenário de descaso.


O evento, que já alcançou mais de 15 mil pessoas e ultrapassou 2,5 milhões de visualizações em redes sociais e reportagens, mantém viva a mensagem de que toda criança tem o direito de participar, se divertir e ser aplaudida. Todas as inscrições são gratuitas, um gesto de compromisso com a igualdade e com o direito de brincar sem barreiras financeiras.


Por trás do brilho nos olhos dos pequenos corredores e das medalhas carregadas de emoção, há um esforço hercúleo. As fundadoras enfrentam, a cada edição, a dificuldade de levantar recursos, montar a estrutura e garantir a segurança do evento. Sem apoio político ou patrocínios fixos, a Corrikids sobrevive da dedicação de suas idealizadoras e da confiança das famílias que acreditam no projeto.
Aqui, meu filho não é excluído, ele é aplaudido”, relata uma mãe que participa desde as primeiras edições.


Enquanto autoridades e empresas se mantêm inertes, as fundadoras seguem firmes, impulsionadas apenas pela convicção de que a inclusão precisa ser mais que discurso. A Corrikids já recebeu atenção de grandes veículos de comunicação — como Metrópoles, Correio Braziliense e programas de personalidades como Ana Maria Braga, Marcos Mion e Geraldo Luís —, mas ainda luta para garantir sua continuidade.


Num país onde a palavra “inclusão” é repetida em palanques, mas pouco praticada na realidade, a Corrikids se tornou um exemplo de cidadania e empatia. É a prova de que quando o poder público se omite, a sociedade civil é capaz de transformar o impossível em esperança.


Agora, o futuro do projeto depende da sensibilidade de quem pode — e deve — apoiar.
A Corrikids não pede aplausos, pede parcerias.
Apoiar essa corrida é apostar em um Brasil mais humano, onde toda criança tem espaço para sonhar, correr e vencer.







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